DEPENDE – Se a dificuldade for genética, como ocorre com os portadores de algumas síndromes, podem apresentar os mesmos problemas. Mas, normalmente, a dificuldade vem de alterações hormonais ou anatômicas que nada têm a ver com a genética.
MITO – Casais saudáveis têm 10% apenas de chances de engravidar a cada mês. Se, em um ano de relações sexuais constantes e sem uso de anticoncepcionais, o casal não engravidar deve procurar um especialista. Principalmente se a mulher já passou dos 35 anos, quando sua fertilidade cai muito.
MITO – O teste de gravidez de farmácia é seguro e comprova a gravidez a partir de uma determinada quantidade do hormônio BHCG (gonadotrofina coriônica humana) no organismo. Ocorre que, muitas mulheres, ansiosas pela notícia fazem o exame antes da data recomendada pelo fabricante e recebem, então, um falso negativo como resultado.
MITO – O que interfere na fertilidade de um casal é a idade individual de homens e mulheres, mas não a diferença de idade entre eles. Para elas, o sinal vermelho se acende após os 35 anos. Para eles, a taxa de fecundação diminui a partir dos cinquenta.
MITO – Nenhuma das técnicas de reprodução assistida garante a gestação. A fertilização in vitro (FIV) e a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) – os métodos mais assertivos – oferecem 67% de chances de gravidez.
MITO – O diagnóstico pré-implantacional (PGD) é feito em embriões com cinco dias de vida. São retiradas de cinco a quinze células das mais de cem que já tem nesse momento. A remoção não prejudica o embrião e não faz falta para seu desenvolvimento.
MITO – Gestações múltiplas costumam ter partos antes da hora. O organismo humano foi projetado para o desenvolvimento de um bebê apenas, por isso, gêmeos e trigêmeos vêm ao mundo mais cedo. Isso nada tem a ver com o fato de terem sido feitos em laboratório.
MITO – Atualmente, as técnicas de reprodução assistidas têm tecnologia para saber quais são os bons embriões. Com isso, transfere-se menos deles para o útero, diminuindo a chance de gravidez múltipla. Além disso, o Conselho Federal de Medicina condiciona o número de embriões à idade da mulher. Quem tem menos de 35 anos está limitada a dois embriões.
MITO – No Brasil, a prática comercial (troca, aluguel, venda) envolvendo órgãos do corpo humano é proibida por lei. A barriga de aluguel só pode ser feita por mulheres com parentesco de até segundo grau entre si (doadora e receptora).
VERDADE – O excesso de exercícios físicos – caso das maratonistas, por exemplo – diminui a quantidade de gordura no organismo, o que altera a produção hormonal. Além disso, a ovulação pode ser interrompida como forma de defesa natural do organismo, que já está carente de nutrientes para sua própria sobrevivência e não daria conta de gerar uma nova vida.
VERDADE – Tanto o fumo, quanto álcool e outras drogas prejudicam a fertilidade de homens e mulheres. Elas produzem espermatozóides com dificuldade de locomoção e com morfologia alterada. A qualidade dos óvulos também diminui com as drogas.
VERDADE – Nos homens, altera o metabolismo e interfere diretamente na mobilidade e na forma dos espermatozóides, que têm sua capacidade de fecundação diminuída. Nelas, causa disfunções hormonais importantes que prejudicam o ciclo menstrual e a ovulação.
VERDADE – Não existe uma comprovação científica, mas os médicos afirmam que os hormônios e, portanto, o ciclo menstrual de uma mulher podem sofrer variações importantes com situações difíceis e de pressão. Para homens também a ação do estresse pode ser prejudicial para a produção dos espermatozóides ou mesmo causando disfunção erétil.
INCONCLUSIVO – Apesar de não haver comprovação científica direta, muitos médicos recomendam que os homens evitem usar laptops no colo para evitar as altas temperaturas na região próxima aos testículos, o que prejudicaria a produção dos espermatozóides.
VERDADE – Elas fazem com que o escroto fique muito próximo ao corpo, elevando sua temperatura. Em ambientes quentes, os testículos não conseguem produzir corretamente os espermatozóides, deixando o homem, mesmo que temporariamente, menos fértil.
VERDADE – A pressão sobre o períneo (região entre o pênis e o ânus) pode produzir danos em veias e nervos, afetando a fertilidade masculina, principalmente para praticantes de mountain bike. A sugestão é que usem bermudas acolchoadas e assentos almofadados.
VERDADE -Cobre, cádmio, arsênio, ouro, chumbo, níquel e mercúrio, entre outros, afetam a fertilidade. São substâncias tóxicas ao corpo que causam má formação nas células reprodutivas e atrapalham sua produção.
VERDADE – Alimentos gordurosos, com muito carboidrato e pouco ou nenhuma vitamina desequilibram os hormônios do organismo e prejudicam a fertilidade. Os de alto índice glicêmico – arroz branco e batata – também precisam ser evitados, pois podem atrapalhar a fecundação. Para resumir, uma alimentação saudável é essencial para que a mulher tenha condições de engravidar.
VERDADE – Alimentos com baixo índice glicêmico podem ajudar a fecundação, segundo pesquisadores de Harvard. Entre eles: ameixa, atum light, aveia em flocos, batata doce, crustáceos, feijão fradinho, iogurte desnatado, leite desnatado, maçã, ovo, peixe, uva verde.
DEPENDE – Se a dieta for balanceada para evitar a falta de nutrientes, não há com o que se preocupar. A vegetariana deve garantir a ingestão das quantidades ideais de proteínas, fibras, minerais e vegetais, além de carboidratos e gorduras. Assim, mantêm o bom funcionamento dos hormônios, essencial para que haja a gravidez.
VERDADE – Selênio e iodo estão ligados à produção de hormônios. Antioxidantes como a vitamina C combatem os radicais livres que afetam os óvulos, e o ferro é necessário para a ovulação.
MITO – Não há comprovação cientifica alguma de que a ingestão de chás ajude a fertilidade de homens e mulheres. O que pode confundir é que, algumas ervas deixam as pessoas mais tranquilas, e isso pode diminuir a ansiedade em quem está enfrentando tratamentos de infertilidade. Mas é só.
MITO – Esses alimentos podem até aumentar o desejo e favorecer a libido, mas em nada alteram a capacidade de engravidar de um casal.
DEPENDE – Se os óvulos e espermatozóides forem retirados do organismo e congelados antes de se iniciar um tratamento com quimioterapia ou radioterapia, não há com o que se preocupar. Essas células podem sofrer alterações importantes com as terapias de cura do tumor o que causa dificuldade de engravidar.
VERDADE – Na maioria das vezes as células reprodutivas sofrem alterações genéticas importantes com o uso destas terapias de cura do câncer. Para evitá-las é importante retirar e congelar os gametas (crioterapia) que podem ser usados depois para gerar bebês saudáveis em quem se curou do tumor.
VERDADE – Os óvulos envelhecem com a mulher. Sabe-se que após os 35 anos, as chances de gravidez natural diminuem muito. Então, para aquelas que ainda não encontraram o parceiro ideal ou querem ainda priorizar a carreira devem extrair e congelar óvulos como forma de preservar a fertilidade futura. Não há prazo de validade para óvulos congelados.
MITO – A técnica da crioterapia, que congela espermatozóides por tempo indeterminado a menos 196°C, já é bastante conhecida e largamente utilizada em todo o mundo. As células ficam preservadas e têm ótimas chances de, ao serem descongeladas, fecundarem um óvulo.
VERDADE – As doenças sexualmente transmissíveis (DST) como clamídia ou gonorreia respondem por 15% das causas de infertilidade nas mulheres e por 10% na dos homens. Alteram a produção dos espermatozóides e provocam inflamações nos órgãos do aparelho reprodutor feminino, que tendem a se transformar em aderências prejudiciais às trompas, ao útero e aos ovários.
MITO – Na maioria das vezes, a endometriose é diagnosticada já em estado adiantado e, por isso, prejudica a fertilidade feminina, sendo uma de suas principais causas. Mesmo sendo leve deve ser tratada para não evoluir e prejudicar a conquista de uma gravidez.
VERDADE – Tanto o diabetes tipo 1, quanto o tipo 2 causam transtornos hormonais afetando a fertilidade feminina. Nos homens, geram espermatozóides com material genético defeituoso, prejudicando a fecundação do óvulo. É importante manter a doença controlada para não comprometer a fertilidade.
VERDADE- Sim! Se o homem estiver infectado precisa apresentar carga viral baixa e não ter sintomas da doença para ter seu sêmen usado em uma fertilização em laboratório. As mulheres devem apresentar as mesmas condições, mas precisam redobrar os cuidados no pré-natal para não passarem a doença para o bebê no parto. Elas não podem amamentar.
VERDADE – caxumba pode se instalar nos testículos, prejudicando a produção dos espermatozóides, mesmo que o paciente tenha ficado de repouso absoluto. A indicação aqui é vacinar a criança cedo para que a doença não se desenvolva.
MITO – Ela não deve ser usada com constância. Seu uso contínuo pode gerar distúrbios hormonais e, eles sim, causarem infertilidade. Ela foi feita para emergências e deve ser usada só nessas situações.
MITO – As pílulas anticoncepcionais são feitas com hormônios similares aos dos humanos e, por isso, após serem interrompidas, não causam problemas para a gravidez. Elas podem até ajudar a gravidez prevenindo endometriose, cistos ou miomas. A retomada do ciclo natural ocorre logo após a interrupção do uso e, em até quatro meses (dependendo do hormônio), o ciclo está normal.